Produtividade não se resolve com demissões em massa

De tempos em tempos, vemos grandes empresas anunciarem a demissão de centenas ou milhares de pessoas. A justificativa costuma ser a mesma: “baixa produtividade” ou “desalinhamento cultural”. Mas será que o problema está realmente em alguns indivíduos que “não fazem o que devem”, ou será que a raiz é mais profunda?

O comportamento não nasce no vazio

Seguindo o pensamento de Humberto Maturana, o comportamento humano emerge de um sentir íntimo, que se manifesta em emoções e se consolida em fazeres cotidianos. Esses fazeres, no conviver e no conversar, dão origem à cultura.

Ou seja, as atitudes das pessoas em uma organização não podem ser vistas isoladamente. Elas são expressão de uma cultura construída e conservada ao longo do tempo. Valores, crenças e pressupostos invisíveis moldam os modos de trabalhar e condicionam a produtividade.

A falha da resposta punitiva

Quando a resposta a problemas de desempenho é simplesmente punir e desligar, a empresa adota mmm atalho punitivo que raramente resolve a questão de fundo. Se a cultura estimula competição desmedida, desalinhamento ou falta de propósito, a substituição de pessoas apenas reproduz o mesmo padrão.

O que deveria ser feito

A saída verdadeira começa por um diagnóstico cultural: compreender quais valores e crenças estão operando, se há coerência entre cultura, estrutura e estratégia, e como isso impacta a eficácia com eficiência. É nesse nível que se encontram as raízes dos problemas de produtividade.

Mas há ainda um passo mais ousado: olhar para o futuro e mapear o potencial natural das pessoas que compõem a organização. É esse potencial — criativo, colaborativo, competitivo ou de controle — que, quando alinhado às necessidades estratégicas, sustenta resultados consistentes e duradouros.

O ponto central

Produtividade não se constrói pelo medo ou pela ameaça de cortes. Constrói-se pela coerência cultural, pela clareza de propósito e pela ativação do potencial humano. Sem isso, qualquer demissão em massa corre o risco de ser apenas um remendo momentâneo, e não uma solução real.

E você, o que pensa?

Será que não está na hora de olharmos mais profundamente para a cultura organizacional em vez de culparmos as pessoas?

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