Quando a Empresa Repete o Erro da Família: como escapar do Ciclo da Condenação e Aprender de Verdade.

Mesmo padrões mesmos resultados!

Muitos líderes acreditam que estão promovendo mudanças reais ao ajustar estratégias, redesenhar processos ou contratar novos profissionais. No entanto, o que vemos na prática é que muitas dessas mudanças fracassam ou se repetem sob outra roupagem, sem resultados duradouros.

O que está por trás disso? A resposta pode ser mais profunda (e mais desconfortável) do que parece.

Nos inspiramos na obra Adolescência, que retrata o caso de um jovem empurrado para a autoinculpação por uma sociedade e uma família que, sem perceber, tentam resolver o conflito com as mesmas crenças que o criaram. Esse ciclo se repete também dentro das organizações.

O ciclo da “condenação” nas empresas

Nas empresas, esse ciclo se manifesta quando:

  • Pessoas com ideias diferentes são tratadas como “problemáticas”.
  • Conflitos são vistos como falhas, e não como sintomas de algo mais profundo.
  • Mudanças são implementadas de forma reativa, sem questionar os valores que guiam as decisões.
  • A cultura recompensa o conformismo e silencia o pensamento crítico.

Assim como na sociedade retratada no filme, as empresas constroem mecanismos de exclusão simbólica. Muitas vezes, o “condenado” é aquele colaborador ou gestor que ousa pensar diferente, mostrar vulnerabilidade ou expor ineficiências estruturais.

Por que isso acontece?

Como mostra Chris Argyris, a maioria das organizações opera com aprendizado de um só ciclo: muda ações, ajusta metas, mas não revisa seus pressupostos invisíveis — crenças como “conflito é sinal de fraqueza”“emoções atrapalham a performance” ou “precisamos parecer estar no controle”.

Humberto Maturana nos lembra que nenhuma mudança real acontece sem uma mudança emocional. Enquanto a empresa estiver presa ao medo (do erro, da perda de poder, da vulnerabilidade), continuará operando na lógica da defesa e da repetição.

Michel Foucault nos alerta: sistemas de poder produzem verdades e identidades. A empresa define quem é o “colaborador ideal” e quem deve ser corrigido ou removido, muitas vezes sem perceber que está apenas reforçando um modelo obsoleto de gestão e relacionamento.

Caminhos para o aprendizado real nas organizações

  1. Reconhecer os padrões de exclusão e defesa
    Observar onde e como a organização silencia o diferente ou o incômodo.
  2. Promover conversas de segunda ordem
    Conversas que não buscam apenas ajustar comportamentos, mas revisar os valores que os sustentam.
  3. Criar espaços de escuta emocionalmente seguros
    Ambientes onde as pessoas possam expressar o que sentem e pensam sem medo de punição — esse é o solo fértil do aprendizado de duplo ciclo.
  4. Investir em processos reflexivos, não apenas operacionais
    Consultorias, mentorias, diagnósticos de cultura e coaching de liderança ajudam a enxergar o “sistema oculto” de crenças e emoções da empresa.
  5. Incentivar o pensamento crítico e a diversidade de sentido
    A pluralidade não é apenas uma bandeira ética — é uma ferramenta estratégica para quebrar repetições inconscientes.

Nenhuma transformação real acontece enquanto os valores da organização continuarem sendo tratados como verdades absolutas.

Aprender de verdade exige coragem para perguntar: “E se aquilo que sempre acreditamos for justamente o que nos impede de evoluir?”

Na PotentialGrowUp, trabalhamos com empresas que desejam fazer essa travessia — da defesa à reflexão, da repetição à reinvenção. Se sua empresa está nesse ponto de inflexão, conte conosco para dar o próximo passo.

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